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ESTUDOS E TEMAS POLEMICOS



É bíblica a "unção do riso"?

Certa senhora comentou o seguinte, num site da internet:

"Irmãos, [...] eu não vejo mal algum na unção do riso, pois já a senti. Muitos a criticam, como também já a critiquei uma vez, mas hoje, depois que passei por essa experiência com Deus, eu posso verdadeiramente afirmar que é TREMENDO!!!! E se verdadeiramente é unção, provém do Espírito santo, e negando-a, ou até mesmo chamando-a de "PALHAÇADA", estamos blasfemando contra Ele."

Não se pretende aqui tecer julgamentos, muito menos desqualificar de não-convertidos pessoas que afirmam receber essa unção. Todavia, precisamos defender a Palavra de Deus contra todos os ensinos e práticas sem base bíblica.

Unção do Riso - Suas Origens
A unção do riso, também chamada de "bênção de Toronto", "gargalhada sagrada" ou "unção de Isaque" não tem nenhuma básica bíblica. Tais manifestações estranhas às Escrituras Sagradas tornaram-se mais conhecidas, pois a erupção destas ocorreu na Igreja Vineyard, do Aeroporto de Toronto, Canadá. Nada de novo no mundo religioso, pois os Hindus praticam isso há mais tempo. De acordo com o site http://www.nccg.org/042Art-Laughing.html, há 37 clubes do riso só em Bombay, India praticando essas gargalhadas. O modo como começam os risos ali são bem parecidos com o modo como os neopentecostais e até os pentecostais iniciam as gargalhadas - tudo resultado de uma indução a um estado de relaxamento.

Há alguns relatos da tal unção do riso já 1933, em escala, bem pequena e nas Igrejas de Kenneth Hagin (1992) e de Kathryn Kuhlman, mas os cristãos que propagaram, no meio evangélico, a "Bênção de Toronto" foi Rodney Howard-Browne, na década de 90, mais precisamente a partir de Janeiro de 1994 e John Wimber. Não demorou muito para que chegasse ao Brasil, evidentemente. Tal "unção" é praticada aqui no Brasil e no mundo por grupos pentecostais e neopentecostais, e também carismáticos.

Como acontece o fenômeno
Na maioria das vezes, as pessoas sentadas sentem-se relaxadas e de deslisam com as costas nas cadeiras, ficando como que em posição de alguém que está bêbedo, quase que caindo da cadeira. Outras, caem no chão, e de repente o riso se torna incontrolável. Num vídeo de Rodney Howard-Browne, chamado The Coming Revival, ele relata que um homem permaceu rindo por três dias. Outras vezes, relata-se que pessoas debaixo dessa suposta unção emitem sons de animais, do tipo miados, uivos, latidos, rugidos, e quando no chão, se comportam com se fossem certos animais, como cobras, leões, e outros. Tudo isso acompanha a "unção" do riso. Imagine se o apóstolo Paulo fosse ressuscitado em nossos dias observasse esse zoológico dentro das igrejas! Será que ele se comportaria de tal forma? Consegue imaginar Paulo rindo dessa forma, e ainda por cima latindo como um cachorrinho? Dois textos das cartas de Paulo podem ser citados para responder a essas perguntas:

1 Coríntios 14:20 - "Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos."

Efésios 4:14 - "Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro".

Meninos, aqui, nos lembra a carta aos Hebreus, quando o escritor fala sobre aqueles que já deviam ser instrutores, pelo tempo de conversão, mas por não desfrutarem do alimento sólido da Palavra de Deus, contentam-se com o "leitinho" da Bíblia. (Hebreus 5:13, 14) O resultado de uma mente de um convertido sem conhecimento bíblico é agir sempre como criança, ou como imaturos.

Por que não tem base bíblica?
Os que estão sob a chamada "unção do riso" vivem buscando nas Escrituras Sagradas, a todo custo, base para tal manifestação. Mas o próprio John Wimber admitiu: "Penso que esse tipo de coisa deve ser colocado na categoria do não-bíblico e do exótico." Vejam como essas pessoas carecem de conhecimento bíblico, e nos fazem dar verdadeiras gargalhadas deles:

Isaías 5:29 - "O seu rugido é como o do leão; rugem como filhos de leão, e, rosnando, arrebatam a presa, e a levam, e não há quem a livre."

Comentário - Usar um texto bíblico escrito 700 anos antes de Pentecostes do ano 33 d.C. para justificar um fenômeno pentecostal é no mínimo hilário. Isso sim nos faz rir. E pior! O contexto mostra que esse rugido não é do povo de Deus, Israel, mas dos babilônios, que atacariam Israel e os levariam cativos para Babilônia. Por isso, levariam a presa e não haveria quem os livrasse. Trata-se, portanto, de uma metáfora. Se esses irmãos criancinhas na fé levarem ao pé da letra essas matároras, então terão que aprender a voar, conforme Isaías 40:31, onde lemos que "sobem com asas como águias".

Gênesis 18:12 - "Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?"

Comentário - Novamente, um texto anacrônico ao fenômeno de Pentecostes de 33 d. C.. Mas se Sara riu no íntimo, então, existe a "unção de Isaque", pois o nome do filho de Sara foi Isaque, o qual significa "riso" em hebraico. Entretanto, esse riso dado por Sara foi uma manifestação do Espírito Santo nela, ou quem sabe uma unção? Não, mas foi uma reação de incredulidade, quando soube que embora velha daria à luz um filho. Tanto é verdade que Deus diz no versículo 14: "Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?"

Salmo 126:1, 2 - "Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles."

Comentário - Será que a expressão "ficamos como quem sonha" indica uma unção que justifica a "unção do riso"? Quem sonha está dormindo, e quem ri enquanto sonha não tem consciência do que ocorre. Mas nas manifestações pentecostais do primeiro século, os que recebiam as maravilhas do Espírito Santo sabiam o que estava se passando. Quanto à expressão "nossa boca se encheu de riso", em parte alguma lemos que foi uma unção, mas uma reação natural de um povo, os israelitas, que haviam sido libertos do cativeiro babilônico.

Provérbios 17:22 - "O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos."

Comentário – Onde está a unção do riso aqui? Pelo que sabemos, tal manifestação espatafúrdica ocorre nos templos, em determinadas ocasiões. Entretanto, Provérbios 17:22 refere-se ao coração sempre está alegre como remédio para nosso corpo. Não precisa nem ser cristão para se saber disso. Há budistas, hindus, ateus que pensam positivamente, são pessoas alegres, e isso resulta-lhes em benefícios para a saúde.

Eclesiastes 3:4 - "Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria."

Comentário - Se as expressões "tempo de rir" e "tempo de saltar de alegria" são indicativos da "unção do riso", então deveria haver, de acordo com o contexto a "unção de prantear", "unção de matar", "unção de aborrecer", "unção de guerrear", etc. (Veja Eclesiastes 3:1-7) Que infantilidade de nossos irmãos pentecostais e neopentecostais, praticantes dessa aberração da fé isenta de conhecimento bíblico.

João 17:13 - "Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos."

Comentário - A palavra grega para "gozo" usada aqui é "khara", e significa "alegria, satisfação", conforme a Concordância de Strong de Palavras do Novo Testamento (palavra número <5479>). Realmente, todo o cristão sente essa alegria que vem do Espírito Santo (Gálatas 5:19-21). Essa mesma alegria "khara" é usada por Tiago (1:2) da seguinte maneira: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações." Trata-se de uma alegria interior, que nos ajuda a perseverar. Não vemos um caso no Novo Testamento de cristãos rindo da forma como observamos essa "molecada" de crentes fazer.

Filipenses 4:4 - "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos."

Comentário - Da mesma raiz de "khara", mencionado acima, há aqui usado por Paulo o verbo grego "khairo", que significa alegrar-se muito. Paulo não se referia às risadas sem controle nos cultos cristãos, mas à alegria no Senhor, que encobre e vive no crente todos os dias. E no contexto, era a alegria no Senhor que deveria motivar os cristãos em Filipos a vencer os problemas de relacionamento entre cristãos, como os de Evódia e Síntique.

Por que essas manifestações ocorrem?
No meu ponto de vista, trata-se de mera infantilidade, ou imaturidade. Por não conhecerem a Palavra de Deus e buscarem desesperadamente por "sinais visíveis de Deus" para se apegarem (pois precisam ver para crer), deixam-se levar por líderes que gostam de aparecer, impactar a opinião pública. Eles sempre surgem com práticas e modismos novos. Fazem o que podem para manter seu rol de membros crescendo. Elem põem a pique os incautos facilmente, pois sabem, com palavras bem elaboradas, induzir pessoas a pensar e reagir como eles querem. Todavia, não podemos descartar a ação do grande inimigo da Igreja de Jesus, Satanás, junto com seus demônios. O que eles desejam é causar confusão e desordem entre o povo de Deus que, em muitos casos, sofre por falta de conhecimento.

Enquanto muitos se deixam levar por erros de interpretação bíblica, há cristãos comprometidos com a Palavra de Deus, e que buscam nela o modo correto de agir dentro e fora dos templos. Esperamos que você tenha experiências maravilhosas com o Deus Verdadeiro - Pai, Filho e Espírito Santo, mas que todas elas sejam frutos do propósito deste Deus em sua vida. Jamais tente usar sua experiência como uma prova divina para um novo modismo. Antes, pergunte-se: Aquilo que vejo ocorrer em minha igreja é bíblico?

Fonte: Fernando Galli

A nova ordem mundial e o livro de Daniel

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Impulsionado pelo fato da grande parte da ciência desconsiderar os relatos e revelações da Bíblia Sagrada, observou-se a necessidade de ser realizada uma estudo que vise a demonstrar a importância de se discutir este Livro no âmbito da ciência, não apenas como um mero documento histórico, mas sim porque os escritos deste Livro são coesos com o atual contexto mundial. 
Nesta perspectiva, passa-se a tecer comentários acerca do contexto da nova Ordem Mundial e a Bíblia, aqui selecionado o livro do Profeta Daniel escrito a milhares de anos atrás.
 

A NOVA ORDEM MUNDIAL E O LIVRO DE DANIEL 
Até o final da década de 80 o mundo estava dividido em dois grandes modelos econômicos, o socialismo e o capitalismo. A presença destes modelos culminou no que se convencionou chamar de guerra fria. As disputas, em que pese nunca tivesse ocorrido um confronto direto entre E.U.A. e U.R.S.S., as duas grandes potências, foram acirradas, porquanto era ideal de cada modelo a consolidação no âmbito mundial, adotando os paises, estratégias para tanto. Deveras, os Estados capitalistas optaram por um desenvolvimento acelerado, interdependente e juridicizado do comércio mundial. A estratégia ganhou êxito e obrigou aos Estados a adequarem suas estruturas para poderem sobreviver no mercado mundial. Brotando, portanto, uma nova ordem econômica mundial.

Com efeito, o Estado que não contemplava os novos padrões exigidos, era excluído do sistema econômico, originando graves conseqüências para sua população, é o que ocorreu com muitos países, entre eles a Costa Rica e Cuba.

Os países então, ficaram em uma delicada situação. Ora, se o Estado não se adequasse, estaria excluído, todavia, se o fizesse, abriria o mercado nacional ao mundo, ocorreria a interdependência econômica e, acabaria cedendo parcela de sua soberania.
 

Destarte, sendo inevitável a exposição das empresas nacionais à concorrência mundial, surge, pois, como mecanismos de controle dos problemas oriundos da globalização, os processos de integração econômica dos mercados nacionais no âmbito regional, fortalecendo o mercado nacional no cenário global. Nesta perspectiva, surgem, influenciadas por esta tendência, ou melhor, esta necessidade, a figura dos mega-blocos regionais.

Esta união regional entre países, sugere uma nova concepção de Estado. Com efeito, observa-se que, com o desenvolvimento dos blocos econômicos, surgem novos modelos de integração regional, falando-se já
 em União Política entre os Estados membros de um bloco, o que pressupõe transferência da soberania de um Estado para um ente hierarquicamente superior. Feitas estas considerações, insta salientar comentários sobre o livro de Daniel.

Os textos de Daniel são escritos escatológicos, isto é, trata de assunto relacionado ao fim dos tempos. Este Livro está presente na Bíblia, a base do cristianismo e foi escrito por Daniel, um profeta de Deus, que interpretou o sonho do rei Nabucodonosor referente aos acontecimentos que estavam por vim e outros que ocorreriam no final dos tempos.

Dentre outras, o livro de Daniel apresenta duas grande revelações de Deus para com o mundo. A primeira refere-se ao sonho que o rei Nabucodonosor teve e que, depois de muitas tentativas frustradas pelos magos, astrólogos, encantadores e caldeus, foi dada a oportunidade a Daniel interpretar.
O profeta, em nome de Deus, apresentou sua análise hermenêutica do sonho de Nabucodonosor. Este, humilhando-se, reconheceu a grandeza e o poder de Deus.
Este sonho trazia a figura de uma estátua, em forma de corpo humano revestido dos mais diversos materiais e que, representaria as grandes políticas do mundo, vale dizer: governos que se foram e que estão por vir, líderes, ideologias, etc. A segunda revelação, mais precisa, está presente em Daniel capítulo 7. Nesta passagem, Daniel tem visões noturnas concernentes às revelações do Senhor.

Ambas as revelações se apresentam demasiadamente complexas. Motivo pelo qual comenta-se acerca da segunda revelação, pois mais precisa, além de que vem a ser uma confirmação da segunda revelação. Nesta perspectiva, trazemos à baila a aludida passagem:

[...] Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, [...] E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como leão. [...] e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, [...] e eis aqui outro, semelhante a um leopardo. [...] e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, [...]; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. [...] e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. [...] Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, sim, para todo o sempre. Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal [...] e também a respeito dos dez chifres [...] até que veio o ancião de dias, [...] Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará
 em pedaços. Quanto 
aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim. O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo (Daniel, 7:2 e seguintes).

Analisando esta passagem profética, reporta-se ao atual contexto sócio-econômico-político mundial. De fato, muitos estudiosos, tais como Severino Pedro Silva, N. Lawrence Olson, João Flávio, Paulo Cristiano, Antonio Gilberto, João de Oliveira, entre outros ao interpretarem o livro em exame, extraem conclusões que sugerem os atuais e possíveis acontecimentos no âmbito mundial.

Assim, para alguns destes estudiosos, o quarto animal seria a globalização e seus dez chifres os blocos econômicos, tais como: NAFTA, E.U., MERCOSUL, Pacto Andino, ALCA, ALADI, CER, SADEC, SACU e Mercado Oriental. Destes blocos, emergirá um mais poderoso que reinará sob os demais, sugere-se a União Européia, o mais complexo e organizado bloco.

Outros autores, colocam que os três animais seriam antigos impérios: o Babilônico, Império Medo-Persa e Império Greco-Macedônico. O quarto animal seria um novo Império Romano, presente na Comunidade Européia, o qual teria a presença de 10 grandes líderes, sendo que destes, três serão derrubados por um líder mais forte e influente no mundo. Vale lembrar que a constituição da C.E.E. se deu com o tratado de Roma em 1957.

Outra interpretação que é dada à visão de Daniel é que, os quatros animais seriam grandes governos que hão de se estabelecer no mundo. Deveras, a União Européia caminha para uma possível União Política, vale dizer, um grande governo, dando novos conceitos à concepção de Estado. O MERCOSUL deseja se tornar um Mercado Comum, mas a mesma necessidade que fez com que os Estados unissem sua economia fará com que este bloco não estacione em apenas um Mercado Comum. Ademais, para garantir as características de um Mercado comum (livre circulação de bens, capital, serviços, etc) é mister organizar-se como fez a Comunidade Européia. Desta forma, poderia o MERCOSUL também ser um grande governo no mundo, que contará também com a presença de grandes Países como E.U.A, que por si só, representa um grande governo e, também outros blocos poderosos como a ALCA.
Quanto aos dez chifres, seriam estes, dez Estados pertencentes a um bloco, quiçá, os dez que tomarão a frente da União Política da Europa. Destes Estados, destacar-se-á um mais poderoso, que tendo o controle dos demais Estados, e estes do resto do mundo, governará o planeta como um grande imperador. Isto até a segunda vinda de Jesus.
  

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É bem verdade que, devido à gama de estudiosos, encontramos algumas distinções entre a análise hermenêutica do referido texto, mas todas, como pode se observar, são coerentes com a nova ordem mundial.
Através deste breve estudo, observou-se também, que a Bíblia não se trata de uma mera obra clássica, mas sim um Livro que traz grandes considerações para se entender o porquê dos acontecimentos mundiais. Não é a toa que todos os Cristãos a refere como a Palavra viva de Deus.
 
BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, Luís Ivani de Amorim. Curso de direito internacional público. Rio de Janeiro: Forense, 1997.

CABRAL, Elienai. GILBERTO, Antonio. Lições Bíblicas: Escatologia, o estudo das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

CENTRO APOLOGÉTICO CRISTÃO DE PESQUISAS – CACP. www.cacp.org.br., 2003.
DALLARI, Dalmo de Abreu. O futuro do Estado. São Paulo: Saraiva 2001.
D’ARCY, François. Unia Européia: instituições, políticas e desafios. Rio de Janeiro: Konrad Adenauer Stiffung, 2002.
GILBERTO, Antonio. Daniel e apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 1998
MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de direito internacional público. v. 2. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2000.
OLIVEIRA, João de. O milênio. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
OLSON, N. Lawrence. O plano divino através dos séculos. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse: versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
_________. Escatologia, doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1998. 
_________. Daniel: versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
SOSA, Roosevelt Baldomir. Comentários à lei aduaneira. São Paulo: Aduaneiras, 1995.
SÜSSEKIND, Arnaldo. Convenções da OIT. São Paulo: LTR, 1998.

[1] *Membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Cascavel/PR, gcastaman@terra.com.br.
[2] Membro da Igreja Metodista em Cascavel/PR, vianei@zipmail.com.br.

*por Deividh Vianei Ramalho de Sá & Grasiela Albina Castaman  



A Teologia Tabajara - Seus problemas acabaram.
Infelizmente essa tem sido a mensagem que alguns dos evangélicos têm pregado nestes últimos dias. Em nome de uma espiritualidade barata, parte dos pastores brasileiros, tem anunciado de modo ostensivo um evangelho mágico, cujo “poder” é suficientemente capaz em colocar o individuo numa redoma, onde problemas e conflitos não conseguem penetrar. Tais mensagens fundamentam-se na perspectiva de que Cristo torna-nos incólumes diante das lutas e pressões deste mundo. Junta-se a isso, o fato de que a teologia tabajara prega um evangelho imediatista, consumista e humanista, onde a mensagem central é a prosperidade e o enriquecimento. Além disso, a teologia em questão, anuncia o evangelho da ilha da fantasia, onde o “gênio da lâmpada mágica” coloca-se a disposição para satisfazer todos os nossos desejos e pedidos.

Prezado leitor, Jesus jamais nos assegurou uma vida fácil e sem problemas. O fato de termos nos convertido, não nos torna ilesos as crises, ao desemprego, as enfermidades, ou a qualquer tipo de aflição desta vida. Antes pelo contrário, nosso Senhor nos advertiu dizendo:"No mundo tereis aflições, tende bom ânimo, Eu venci o mundo!"
 (João, 16.33).

Ora, o sofrimento e as aflições são realidades universais do ser humano, e passar por eles não significa dizer que deixamos de estar debaixo da bênção de Deus. A teologia tabajara, não consegue entender, que Deus se faz presente à dor, a luta e o luto, e que através das dificuldades que a vida nos impõe, Cristo se revela a cada um de nós como sustentador da vida e da existência.A teologia tabajara é desprovida de uma mensagem equilibrada e saudável, antes pelo contrário, é triunfalista e “burrificada” onde não se tem espaço para aparentes frustrações.

Problemas na perspectiva bíblica nunca foram sinais da ausência de Deus, antes pelo contrário, problemas sempre foram ao longo da história, preciosos instrumentos do Senhor para o crescimento cristão.
Soli Deo Gloria
Renato Vargens - http://renatovargens.blogspot.com




A unção da bicharada
Por acaso você já percebeu que vivemos numa época onde se tem unção para todo tipo de gosto? Pois é, os adeptos da "zooteologia" acreditam que pessoas em estados alterados de consciência recebem da parte de Deus a mais variada unção de animais.

Diante disto sou obrigado a confessar que a unção da bicharada é algo que me deixa extremamente intrigado, até porque, não vejo em nenhum momento da Bíblia os apóstolos usufruindo de tais manifestações espirituais. Por acaso existem relatos nas Escrituras de Paulo latindo? Ou de Pedro uivando? Ou Timóteo rugindo? Claro que não. Entretanto, os adeptos da "zooteologia" acreditam que algumas pessoas recebem da parte de Deus a unção de animais, o que as faz latir como cães, pular como macacos, rastejar como cobras.

Lembro que há pouco tempo a Ana Paula Valadão e o ministério Diante do Trono protagonizaram uma das piores cenas já vistas. Movidos por aquilo que denominam de unção dos quatros seres viventes, os integrantes deste famoso grupo rugiam como leões, batiam os braços imitando as asas de uma águia, além de rolarem como bichos palco abaixo.

Caro leitor, sinceramente confesso que não sei aonde vamos parar. O que fizeram com o evangelho de Cristo? O que fizeram da sã doutrina? Diante disto tudo lhe pergunto: Que Cristianismo é esse? Que Evangelho é esse? Que doutrinas são estas? Ora, esse não é e nunca foi o evangelho anunciado pelos apóstolos. Antes pelo contrário, este é o evangelho que alguns dos evangélicos fabricaram! Infelizmente, a Igreja deixou de ser a comunidade da palavra de Deus cuja fé se fundamenta nas Escrituras Sagradas, para ser a comunidade da pseudo-experiência, do dualismo, do misticismo e do
 neomaniqueismo!

Como cristão repudio veementemente essa zooteologia exdrúxula que só serve para confudir o povo de Deus além obviamente de levar aos incautos deste século a blasfemarem contra o Senhor. Além disso, rogo ao Deus Todo-Poderoso que nos livre e guarde das loucuras e aberrações deste tempo!



A Unção das Galinhas
Você já deve ter ouvido “testemunhos” para lá de estranhos, como um que, há algum tempo, virou motivo de zombaria na Internet, pelo qual certo pregador afirma que galinhas, em um galinheiro, teriam sido “batizadas com o Espírito Santo”. Uma delas, inclusive, teria falado em línguas angelicais, sendo interpretada por um galo! Confira - Escute o testemunho - clique aqui

Eu não publico este artigo para zombar de quem afirma isso, pois o meu objetivo não é expor pessoas, e sim orientar o povo de Deus. Mas é óbvio que esse “testemunho” é antibíblico e blasfemo.

Muitos têm argumentado:
 “Deus não usou a boca de uma jumenta? Por que não pode usar galinhas? Não podemos pôr Deus dentro de uma caixinha”. Oh, sim, porém, nas circunstâncias que envolviam o mercenário Balaão, não havia ninguém, de fato, para ser usado por Deus. Foi uma exceção à regra. Não vemos depois daquele episódio Deus usando outros animais para transmitir mensagens com voz humana. Ah, e não nos esqueçamos de que o Diabo também usou a boca de uma serpente, no primeiro caso em que um animal falou (Gn 3.1).

Deixando um pouco de lado o assunto do galinheiro, muitos irmãos me perguntam se Deus usou mesmo a boca de uma jumenta. É claro que sim, mas não como se ela fosse um profeta de Deus, que diz “Assim diz o Senhor”. Sabemos que jumentas não falam; não raciocinam como homens, pois não foram dotadas da mesma capacidade humana para falar. Como teria aquela jumenta raciocinado e repreendido o profeta, que a espancava?

Foi Deus mesmo quem abriu a boca da jumenta. E foi somente depois de Balaão ter reconhecido o seu erro, ao ouvir as palavras do animal, que Deus abriu os seus olhos!
 “Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes? (...) Porventura, não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo que eu fui tua até hoje? Costumei eu alguma vez fazer assim contigo? E ele respondeu: Não. Então, o Senhor abriu os olhos a Balaão...” (Nm 22.28-31). O profeta só viu o anjo depois de ter ouvido a repreensão da jumenta!

É, pois, um equívoco pensar que Deus apenas abriu a boca do animal, que, por conta própria, raciocinou, articulou bem as sílabas e impediu a loucura do profeta! Deus abriu a boca da jumenta e lhe deu palavras inteligíveis, como se fosse uma pessoa falando, a fim de repreender Balaão (II Pe 2.16). Isso foi um milagre, uma ação divina sobrenatural! Não houve mensagem profética, do tipo“Assim diz o Senhor”,
 mas, quanto ao fato de Deus ter usado a jumenta, não há dúvidas.
Bem, voltando ao episódio da galinha que teria falado em línguas angelicais, sendo interpretada por um galo, em um galinheiro repleto de aves
 “batizadas com o Espírito Santo”, afirmo que, como servos do Senhor, não devemos interpretar a Bíblia à luz das nossas experiências, e sim estas à luz da Palavra de Deus. Esse “testemunho“ é aberrante, antibíblico e blasfemo.
Não há nenhum caso similar no Novo Testamento. Mas os defensores de "testemunhos" como esse recorrem a passagens bíblicas isoladas, fora do contexto, dizendo ter a "unção da loucura de Deus", fazendo uma interpretação forçada de I Coríntios 1.25, que não menciona a loucura de Deus de modo literal. Ali a ênfase recai sobre a grandeza da sabedoria de Deus em comparação com a limitada sabedoria humana (cf. I Co 2.1-10). Tanto que o versículo menciona também a "fraqueza de Deus". Por que os milagreiros da atualidade não pregam sobre a
 "unção da fraqueza de Deus"?

Outra passagem preferida dos milagreiros é João 14.12. Fenômenos para lá de exóticos ocorrem, gerando confusão, todos acompanhados de heresias verbalizadas. Isso sem falar do fato de que os tais milagreiros verberam contra veteranos homens de Deus, chamando-os de "velharada". No entanto, quando estudamos, à luz da língua original, a expressão "coisas maiores", vemos que Jesus enfatizou quantidade, e não qualidade das obras. As "obras maiores" que a igreja deve fazer hoje são as mesmas mencionadas em Marcos 16.15-20, e não sinais exóticos, estranhos, esquisitos, que só geram confusão e divisão.
Nos cultos da igreja de Beréia, os crentes recebiam de bom grado as pregações, mas as examinavam à luz das Escrituras (At 17.11). Imagine se um pregador, naqueles dias, dissesse que Jesus batiza galinhas com o Espírito Santo! Com certeza, considerariam tal afirmação blasfema, haja vista distorcer o propósito do revestimento de poder, dado exclusivamente às pessoas salvas, obedientes ao Senhor (At 2.39,38; 5.32).
Fica para nós uma lição: qualquer experiência, por mais extraordinária e “fenomenal” que seja, se não tiver apoio claro e inquestionável da Palavra de Deus ou gerar confusão doutrinária, deve ser rejeitada. Não é por acaso que as Escrituras nos mandam provar se os espíritos são de Deus (I Jo 4.1). Afinal, quem é espiritual discerne, julga, prova bem tudo (I Co 2.15).
Fontes:

Ciro Sanches Zibordi

http://cirozibordi.blogspot.com/2008/02/galinha-e-jumenta.html
http://www.pastorpauloroberto.com/index.php?pg=mostra_paginabd.php&c=1